O trabalho invisível da mulher no séx. XXI: um olhar psicológico
O trabalho invisível das mulheres permanece um tema crítico e muitas vezes negligenciado. Além de desempenharem funções profissionais, muitas mulheres assumem a responsabilidade pela gestão da casa, cuidado dos filhos e apoio emocional aos parceiros. Estudos indicam que as mulheres dedicam, em média, 4 horas a mais por dia em atividades não remuneradas, como tarefas domésticas e cuidados familiares, em comparação aos homens (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, 2019). Essa sobrecarga de responsabilidades, muitas vezes, é acompanhada por pressões sociais que exigem que as mulheres se mantenham em conformidade com padrões estéticos elevados, tanto impostos pela sociedade quanto pelos próprios companheiros.
A maternidade adiciona uma camada adicional de complexidade a essa dinâmica. Muitas mães enfrentam o dilema de equilibrar as demandas do trabalho com as necessidades de seus filhos. A pesquisa realizada pela Harvard Business Review mostrou que 66% das mães sentem que não podem dar o mesmo nível de atenção no trabalho e em casa, levando a um estresse elevado e, frequentemente, à sensação de culpa. Essa culpa, associada à pressão para serem "mães perfeitas", muitas vezes se traduz em esgotamento emocional e físico. O conceito de "mãe ideal" perpetuado pela sociedade pode criar padrões impossíveis, resultando em sentimentos de inadequação e solidão.
No mercado de trabalho, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, incluindo a desigualdade salarial e a dificuldade em obter cargos de liderança. Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, a diferença salarial entre homens e mulheres ainda é de cerca de 16% globalmente. Além disso, muitas mulheres enfrentam discriminação ao tentar conciliar carreira e maternidade, com estudos indicando que mulheres mães são vistas como menos comprometidas em comparação aos seus colegas masculinos. Essa discriminação pode limitar oportunidades de promoção e crescimento profissional, contribuindo para um ciclo de frustração e desmotivação.
O feminismo traz uma perspectiva essencial para entender essa dinâmica. Ao questionar as normas tradicionais de gênero, ele destaca como essas expectativas são prejudiciais à saúde mental das mulheres. Segundo a pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mulheres que enfrentam estresse crônico, muitas vezes resultante da sobrecarga de responsabilidades, têm maior propensão a desenvolver transtornos de ansiedade e depressão. Quando uma mulher expressa seu cansaço ou frustração, frequentemente é rotulada como "histérica" ou "desequilibrada", minimizando a gravidade do que elas estão enfrentando e ignorando a realidade de um sistema que favorece a desigualdade de gênero.
A terapia se torna uma ferramenta essencial para lidar com essas questões. Em um espaço seguro e acolhedor, as mulheres podem explorar suas emoções, desabafar sobre suas experiências e desenvolver estratégias eficazes para gerenciar o estresse e a sobrecarga. A terapia não só ajuda a validar as experiências dessas mulheres, mas também oferece um caminho para o autoconhecimento e a autoaceitação. Trabalhar em conjunto com um profissional pode proporcionar uma nova perspectiva sobre suas lutas diárias e ajudá-las a encontrar um equilíbrio mais saudável entre suas múltiplas funções.
Se você se sente sobrecarregada, lutando para equilibrar as expectativas de trabalho, família e as demandas da sociedade, saiba que você não está sozinha. A busca por um espaço seguro para expressar suas emoções e desafios é fundamental para restaurar o equilíbrio em sua vida. Como psicóloga, meu objetivo é oferecer um ambiente acolhedor e empático, onde possamos explorar juntos as pressões que você enfrenta. Se você está pronta para dar esse passo, estou aqui para ajudar.